A Xerostomia é uma das principais queixas na SS. Caracteriza-se pela manifestação clínica da disfunção das glândulas salivares.
Os sintomas são:
Se a deficiência de saliva for acentuada, pode haver alterações graves na mucosa e o paciente passa a sentir um enorme desconforto. A mucosa que reveste a cavidade bucal ficará seca e atrofiada, podendo apresentar-se inflamada, pálida e translúcida.
A língua sofrerá atrofia das papilas, inflamação e fissuras. O portador de SS sofrerá de sensibilidade, ardor e dor na mucosa da língua.
Na SS a xerostomia é crónica, o que significa que o paciente ficará mais predisposto a cáries dentárias agudas, complicações periodontais, perda subsequente de dentes, dificuldade em manter dentaduras e/ou próteses e infecções por cândida.
Devido à Xerostomia, a saliva torna-se mais viscosa podendo haver formação de saburra (placa esbranquiçada que se localiza no dorso da língua, causando o mau hálito).
Não havendo hipótese de recuperação da capacidade perdida pelas glândulas salivares apenas nos pode ser oferecido alívio sintomático, pelo que se recomenda o uso de paliativos, ou seja: Substitutos de saliva.
Esta situação exige por parte do paciente que necessita aliviar os seus sintomas, uma atitude de aceitação da sua nova situação em que voluntária e conscientemente terá que aplicar na sua boca uma substância que a mantenha húmida, lubrificada, suave e confortável de modo a conseguir suportar alguns momentos sem dor e mal estar.
Para terminar este artigo, mais uma vez faço referência a que é extremamente necessária uma higiene oral rígida, o uso de pastilhas elásticas sem açúcar e controle na alimentação e para prevenir qualquer dano nas mucosas é imprescindível a aplicação em quantidade suficiente e com bastante frequência dos substitutos de saliva.